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quinta-feira, 28 de junho de 2012

Reportagem da Revista - JORGE KHUN

A revista VEJA publicou sobre o Caso do Jorge Khun - obstetra de São Paulo que esta sendo processado por defender o Parto Domiciliar. É uma reportagem que expõe claramente os dados e posições sobre a cesárea e o parto normal. Além de toda a "mafia" de interesses que envolve a questão dos nascimentos no Brasil. Sem dúvida que vale a pena a leitura, que nos ajuda a esclarecer um pouco mais esta questão.


Obstetra Jorge Kuhn é processado por defender partos domiciliares

Em seu favor, cerca de 1.500 pessoas, a maioria gestantes e mães, organizaram uma passeata na Avenida Paulista

João Batista Jr. | 27/06/2012
O doutor Kuhn: cerca de 100 nascimentos realizados na residência de suas pacientes
O doutor Kuhn: cerca de 100 nascimentos realizados na residência de suas pacientes
Mario Rodrigues
“Minha vida virou de cabeça para baixo. Nunca pude imaginar que eu seria o motivo de uma passeata capaz de parar uma faixa de carros da Avenida Paulista.” Com um sorriso tímido como forma de conter o orgulho e a surpresa, o ginecologista e obstetra paulistano Jorge Kuhn, de 57 anos, tem tentado se acostumar à nova rotina de médico-celebridade. No domingo (17), cerca de 1.500 pessoas — a maioria gestantes e mães acompanhadas dos filhos — seguravam cartazes com a frase “I Love J.K.” e bradavam em alto e bom som slogans como “O Jorge Kuhn é meu amigo: mexeu com ele, mexeu comigo”. Algumas choraram ao cumprimentá-lo e, emocionadas, formaram filas para tirar uma foto ao seu lado.

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Curitiba, Salvador e Recife engrossaram o coro de outras capitais onde passeatas semelhantes tomaram as ruas. Todas as pessoas presentes marcharam com o mesmo propósito: enaltecer a conduta do profissional. Ele é um dos maiores defensores da tese de que as mulheres com uma gravidez tranquila e sem histórico de doenças como diabetes e hipertensão podem dar à luz em casa, sem a necessidade de correr para a maternidade. “A taxa de mortalidade nos partos domiciliares e nos realizados em hospitais é a mesma, em torno de 1,5%”, afirma Kuhn, citando um estudo publicado em 2009 pelo conceituado “British Journal of Obstetrics and Gynecology”. As conclusões foram baseadas na análise de cerca de 530.000 partos realizados na Holanda. Esse tipo de pesquisa, no entanto, é insuficiente para acabar com a polêmica que há em torno do assunto. Para muitos especialistas, aqui e fora do Brasil, a prática representa uma temeridade. “Ter filho em casa, sem estrutura, é coisa dos tempos da caverna”, diz Renato Kalil, um dos obstetras mais conhecidos de São Paulo. “O avanço da medicina não pode ser ignorado.”
Fábio Braga/Folhapress
Protesto: passeata organizada em sua defesa por mulheres na Avenida Paulista
Protesto: passeata organizada em sua defesa por mulheres na Avenida Paulista
O assunto alcançou uma repercussão inédita por aqui após uma entrevista concedida por Kuhn no dia 10 ao programa “Fantástico”, da Rede Globo, na qual defendeu sua causa. Incomodados com a história, representantes do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) solicitaram à seccional de São Paulo, onde está registrado o diploma do médico, a abertura de uma investigação por desvio de conduta. “Ele foi antiético, pois sabe que essa prática põe em risco a saúde da mãe e do bebê”, acusa o obstetra Luis Fernando Moraes, conselheiro do Cremerj. Já há algum tempo, as principais entidades da classe no país vêm se posicionando claramente contra o procedimento.
Em sua carreira de 34 anos, Kuhn calcula ter realizado cerca de 100 partos domiciliares. “Nunca tive nenhum problema mais grave”, declara. Nessas ocasiões, cobra até 17.500 reais pelo trabalho e, entre outros cuidados, além de uma equipe médica formada por pelo menos três profissionais, seleciona residências localizadas a menos de vinte minutos de um hospital, deixando tudo preparado para uma eventual emergência. No entanto, ele diz que no fim do ano passado interrompeu a prática, para não sofrer represálias: “Realizo partos naturais, mas apenas em maternidades”.
Apesar disso, continua se posicionando com firmeza a favor de as gestantes terem o direito de decidir onde dar à luz. A consequência da postura será enfrentar agora um processo que, em caso de condenação, pode lhe render uma reprimenda pública ou, na hipótese mais drástica e um tanto quanto remota, a suspensão de sua licença.
Mario Rodrigues
Os administradores Mauricio Sartori e Tatiana Zambon, com a filha Nina: parto humanizado no São Luiz do Itaim
Os administradores Mauricio Sartori e Tatiana Zambon, com a filha Nina: parto humanizado no São Luiz do Itaim
Coordenador do departamento de obstetrícia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e com especialização em parto natural na Alemanha, Kuhn virou o símbolo na cidade da ala mais radical de especialistas que tentam combater a chamada “indústria da cesariana”. Do total de partos na capital, 53,9% são realizados por cirurgia, quase quatro vezes a média considerada ideal pela Organização Mundial de Saúde. Boa parte deles ocorre a pedido das gestantes, que preferem fugir das dores das contrações. Devido a fatores como a sua própria conveniência e a baixa remuneração dos planos de saúde — que pagam, em média, 500 reais por um parto, seja natural, seja cirúrgico —, muitos médicos não apenas aceitam o jogo como até incentivam o procedimento.
“Sou visceralmente contra isso, mas acho compreensível que muitos colegas evitem passar oito horas ao lado de uma mulher sentindo dores para receber tão pouco”, afirma o obstetra e ginecologista Carlos Eduardo Czeresnia, da clínica Célula Mater. Ele cobra 17.000 reais por parto, incluindo a equipe completa, e diz optar, sempre que possível, pelo procedimento natural. “Não considero absurda a ideia de as mulheres desejarem realizar o parto em casa, mas acho complicado pôr isso em prática numa cidade como São Paulo”, comenta. “Devido ao trânsito, há o risco de não conseguir chegar a tempo a um hospital no caso de uma emergência.”
A advogada Bruna Betoli quase passou por tal sufoco. Ela estava havia oito horas em trabalho de parto em sua casa, na Vila Formosa, Zona Leste, quando as duas obstetrizes disseram que sua filha precisaria do auxílio de um vácuo extrator, parecido com o fórceps, para nascer. Bruna saiu às pressas de carro rumo à unidade do Hospital São Luiz no Itaim Bibi, onde Lila, hoje com 1 ano e 8 meses, nasceria de parto normal com o auxílio de um médico. Grávida novamente, com quatro meses de gestação, quer tentar mais uma vez a experiência de dar à luz na sua residência. “Sonho em ter meu filho num ambiente íntimo”, explica. Algumas maternidades oferecem estrutura para partos humanizados, como salas com iluminação baixa, som ambiente e banheiras onde a paciente pode relaxar durante as contrações. Nina, de 9 meses, filha do casal de administradores Mauricio Sartori e Tatiana Zambon, veio ao mundo dessa forma, também no Hospital São Luiz. “Foi tudo muito tranquilo”, conta a mãe.
Mario Rodrigues
Bruna Betoli, grávida de quatro meses, e a filha Lila: corrida para o hospital após ter tentado o parto em casa
Bruna Betoli, grávida de quatro meses, e a filha Lila: corrida para o hospital após ter tentado o parto em casa
São mulheres como ela que engrossam a fileira que defende hoje o obstetra Jorge Kuhn da censura dos outros médicos. Não é a primeira briga que ele compra devido a suas convicções. Nas maternidades Santa Joana e Pro Matre, virou persona non grata e está descredenciado a trabalhar. “Eles incentivam o uso de anestesia em quase todos os procedimentos”, conta. “E eu discordo completamente disso.” Pai de três filhos (nascidos em partos normais) e casado com uma ginecologista e obstetra, o médico diz estar preocupado com o processo no conselho de ética. “Não posso ser penalizado por defender uma escolha que cabe às mulheres”, argumenta. “Elas, e não os médicos, têm o direito de protagonizar o próprio parto.” 

RAIO-X
O currículo do profissional que está no centro da discussão
■ Nome: Jorge Kuhn
■ Idade: 57 anos (nasceu pelo método fórceps no Hospital das Clínicas) 
■ Formação: medicina pela Universidade de Mogi das Cruzes e mestrado em obstetrícia pela Escola Paulista de Medicina 
■ Atuação: faz consultas particulares por 400 reais e gratuitas no Hospital Maternidade Leonor Mendes de Barros, no Belenzinho. É professor de obstetrícia na Unifesp 
■ Honorários: cobra 7.000 reais pelo parto humanizado. Se a paciente quiser toda a sua equipe, esse valor sobre para 17.500 
■ Número de partos realizados em casa e no hospital: 10.000 (10% foram cesarianas) 


Nascimento com hora marcada 
As cesarianas ocorrem numa proporção quatro vezes superior à considerada ideal pela Organização Mundial de Saúde
176.464 partos foram realizados em São Paulo em 2011 
95.235 foram cesarianas (53,9% — a Organização Mundial de Saúde considera apenas 15% o ideal) 
80.195 foram naturais em hospital (45,4%)
643 foram naturais em domicílio (0,36%)
O que são Tags?Tags: Jorge Kuhn, perfil, obstetra, 2275, médico, partos domiciliares
Postado por Gleise Piva às 08:43 Nenhum comentário:

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Encontro de Assistência Humanizada ao Parto e Nascimento

Pessoal, convido vocês para um evento com pessoas muito especiais no mundo dos partos humanizados. São profissionais de ponta compartilhando suas experiências e ampliando nossas informações. O público alvo são todas as pessoas envolvidas ou interessadas no assunto "uma nova forma de nascer".


Postado por Gleise Piva às 16:29 Nenhum comentário:

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Retorno com Coragem

Depois de 1 ano e 9 meses sem escrever neste blog resolvi voltar. Eu precisava de um tempo para me organizar. Fiquei longe, organizando as coisas - mais internas do que externas. Nunca fiquei completamente distante por que minhas entranhas nunca me deixaram, mas precisava preservar-me no me espaço, me organizando. Organizei o coração e a cabeça. Organizei os planos e os projetos. Eu dizia que não dava tempo, mas na verdade, era eu quem precisava de tempo. Tempo e coragem, talvez tempo para ter coragem. E a coragem ensaiava a chegar, mas ainda tímida, se afastava e se recolhia. E com a pouca coragem, diversas vezes ensaiei esta volta, mas ouso dizer que só agora a coragem chegou verdadeiramente. E aqui estou com coragem para continuar nessa busca! 

Falando em coragem. Compartilho um texto sobre coragem, publicado no Jornal Ipanema de 21.01.2012.

Coragem de ter Coragem

"Precisamos aprender a ter "coragem de ter coragem", de lutar verdadeiramente por nossa felicidade e , em especial, por nossa qualidade de vida. Deixamos de viver o hoje, o agora, nos preocupando com os julgamentos e, no entanto, esses mesmos julgamentos aconteceriam e/ou acontecem de uma forma ou de outra. 

É preciso ter "coragem para ter coragem" de sermos quem realmente somos, de sermos "o que acreditamos" ser realmente o melhor para nós, que pode, segundo o que acreditamos, nos trazer qualidade de vida, felicidade. 

Para isso precisamos aprender a ter coragem de romper com formas "cristalizadas" de pensar o que é certo, isso considerando que princípio é princípio, disso nem que queiramos conseguimos facilmente nos desfazer e acredito nem seja o ideal mesmo, pois é o que pode nos dar um norte para fazermos o que precisamos de forma mais "responsável" o possível. É preciso ter coragem de rever conceitos, reavaliá-los, desconstruir alguns, recriar outros e criar alguns de forma muito única, própria e , em especial autêntica, no sentido de legitimidade, veracidade, ou seja, o mais verdadeiro possível consigo mesmo. Para isso penso que é importante rever nossas vivências e confrontá-las com nossos conceitos aprendidos em nossa cultura, que mais  que de país de origem, nossa cultura "regional" e familiar. 

É preciso que aprendamos a ter coragem de arcar com as consequências que nossa "coragem" trará, por que, infelizmente, a humanidade como um todo tem dificuldade de lidar com tudo que se apresente fora do "padrão" preconizado, estabelecido como o melhor!

Assim a probabilidade de "acertarmos" com o que as pessoas "julgarão" que é mais certo, melhor é, na maioria das vezes, pequena. Então voltamos a colocar: é preciso ter coragem de ter coragem" de acreditar que temos discernimento, capacidade suficiente de entender o que é melhor para nós, precisamos é "potencializar" essa capacidade.

As diferentes formas de agir são importantes até para que cresçamos e tenhamos parâmetros para nos referenciar do que realmente sentimos, pensamos, desejamos e podemos realizar. Ter coragem de ver "cara feia", ouvir "burburinhos", faz parte de nosso amadurecimento emocional de lutar pelo que realmente pode nos fazer bem, trazer qualidade de vida. 

Compreensível que na teoria seja mais fácil, porém "quem disse" que viver era fácil? Não que seja difícil, mas com certeza dá trabalho e isso, por vezes faz com que fiquemos numa "área de conforto" e só nos incomodando quando a mesma vida nos prega uma peça, uma doença, uma perda que nos machuca muito. Enfim, que possamos aprender a aprender ter coragem de olhar para o que precisamos antes que sejamos obrigados a olhar por estarmos de certa forma impedidos de fazê-los ou então impedidos de mudar o rumo de nossas vidas." - Osimeire Tobias Mendes (Psicóloga Clínica e Terapeuta Sexual

Hoje, com muito mais coragem, volto para lutar pelo direito de todas as crianças a escolha da sua hora de nascer, e poder nascer de maneira mais amorosa, podendo ser recebida dignamente por este mundo, sem hostilidades longo no primeiro momento de vida fora do útero. Direito ao aconchego  do colo materno e paterno no primeiro minuto de nascimento. Direito de ter uma mãe realizada por que teve suas escolhas preservadas e agora pode estar mais presente para cuidar do recém chegado bebê.

Agora que voltei, meu objetivo é escrever uma vez por semana neste blog e poder assim compartilhar tantas outras histórias sobre nascimentos meus e de outros, partos, pré-partos, pós-partos... entre outras coisas. 

Obrigada por terem esperado meu tempo e minha coragem!
Postado por Gleise Piva às 07:40 Nenhum comentário:

terça-feira, 13 de abril de 2010

Circular de Cordão: O Grande MITO!!!

Compartilho com vocês um texto maravilhoso de um médico obstetra também maravilhoso: Dr. Ricardo Jones. Neste texto ele comenta como as famosas Ciculares de Cordão não passam de um grande mito, mas que ainda levam a inúmeras cesáreas desnecessárias em nosso país. Deleitem-se com esta reflexão leve, agradável e muito profunda.


"Circular de Cordão"
(Dr. Ricardo Herbert Jones)

"Minha experiência com circulares de cordão é razoável. Muitas pacientes me procuravam com medo de uma cesariana porque o seu médico falava que o cordão esta enrolado no pescoço, portanto uma cesariana era mandatária, sob pena do nenê entrar em sofrimento.

Circulares de cordão são banalidades na nossa espécie. Um número muitogrande de crianças nasce assim. Eu tinha a informação que a incidência erade 30%, mas talvez seja um número antigo ou inadequado. De qualquer sorte,uma quantia considerável de crianças vem ao mundo desta forma. Já tivepartos com 3 voltas bem firmes no pescoço, e com apgar 9/10.

É engraçado ver a expressão das pacientes quando conto pra elas que o que me preocupa não é o pescoço, mas o cordão. O fato do pescoço estar sendopressionado é pouco importante se comparado com a compressão do cordão. A fantasia da imensa maioria das mulheres (mas também dos homens) é que a criança está se ""enforcando"" no cordão. Elas ficam surpresas quandoexplico que o bebê não está respirando, então porque o medo da asfixia? Acontece que existe espaço suficiente para o sangue transitar pela estruturado cordão, protegida pela geléia de Warthon que o recobre, mesmo com voltasem torno do pescocinho. Além disso, se houver uma diminuição na taxa depassagem de oxigênio pelo cordão isso será percebido pela avaliação intermitente durante o trabalho de parto. E esse evento NUNCA é abrupto. DIPs de cordão, como os chamamos, ficam dando avisos durante horas, e são diminuições fortes apenas durante as contrações, com o retorno para umbatimento normal logo após. Marcar uma cesariana por um cordão enrolado no pescoço é um erro.

Sei como é simples e fácil apavorar uma mãe fragilizada contando histórias macabras a esse respeito, mas a verdade é que não se justifica nenhuma conduta intervencionista em virtude deste achado. Por outro lado, a presença deste diagnóstico tão disseminado nos consultórios e nas conversas entre pacientes nos chama a atenção porque, se não é um problema médico, é uma questão sociológica.

Esse exame parece funcionar como um acordo subliminar entre dois personagensescondidos no inconsciente dos participantes da trama, médico e paciente.

De um lado temos uma paciente amedrontada, desempoderada diante de uma tarefa que parece ser muito maior do que ela. Acredita piamente no que o""representante do patriarcado"" (no dizer de Max) lhe diz. Não retruca, não critica; sequer pergunta. Nada sabe, mas precisa do auxílio daquele que detém um saber fundamental aos seus olhos. Diante das incertezas, da culpa,do medo e da angústia ela se entrega, aliena-se. Fecha os olhos e coloca o"anel", que faz com que ela mesma desapareça, entregando-se docilmente aos desígnios dos que detém o poder sobre seu destino. Oferece seu corpo paraque dele se faça o que for necessário.

Na outra ponta está o médico. Sofre em silêncio a dor da sua incapacidade.Pensa baixinho para que ninguém leia seus pensamentos. Sabe que pouco sabe,mas também tem plena noção do valor cultural que desempenha. Nada entende domilagre do nascimento, mas percebe seus rituais, muitas vezes ridículos,outras vezes absurdos e perigosos, produzem uma espécie de tranquilização nas mulheres. Não se encoraja a parar de encenar, porque teme que não lhe entendam. Continua então repetindo mentiras, esperando que não descubram o quão falsas e frágeis elas são. É muitas vezes tomado pelo ""pânico consciencial"", que é o medo diante de uma tomada de consciência. Muitas vezes age como um sacerdote primitivo que, por uma iluminação divina ou por conhecimento adquirido, percebeu que suas rezas e ritos de nada influenciamas colheitas, e que o que governa estes fenômenos está muito além de suas capacidades. Entretanto, sabe que os nativos precisam dos rituais, que elepercebe agora como inúteis, porque assim se dissemina a confiança e a esperança. Mente, mas de uma forma tão brilhante, sofisticada e tecnológica,que deveras acredita no engodo que produz.

Ambos, mulher e médico, precisam aliviar suas angústias diante de algo poderoso, imprevisível e incontrolável. Olham-se e tramam o golpe. O plano que deixará ambos aliviados diante do enfrentamento. Mentem-se comos olhos. Eu finjo saber; você finge acreditar. Peço os exames. Todos. E mais um pouco. Procuro até encontrar aquilo que nos fornecerá a chave. A minúscula desculpa. Eu, com ela nas mãos, posso realizar os rituais que medesafogam da necessidade de suportar a angústia de olhar e nada fazer. Você,poderá escapar da dor de aguardar e fazer o trabalho por si. Poderá dizerque ""tentou"", mas, foi melhor assim. O nenê poderia correr perigo. Ocordão poderia deixar meu filho com problemas mentais, etc.

Feito. Pedido o exame, lá estava: O cordão, mas poderia ser o líquido, aposição, a placenta, a ossatura, as parafusetas protodiastólicas. Quem se importa? O carneiro, a virgem, o milho, todos são sacrificados. Quem seimporta? Livramo-nos da dor. Anestesiamos nossas fragilidades e angústias. Ritualizamos, encenamos e todos acreditam. Nem todos! Alguns acordam, mesmo que leve muito, muito tempo. "

Dr. Ricardo Herbert Jones
Médico obstetra e homeopata
Porto Alegre - RS.
Postado por Gleise Piva às 03:34 2 comentários:

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Parto Humanizado retoma antigos procedimentos e devolve à mãe o controle do ritmo do seu corpo na hora de dar à luz

Compartilho com vocês um artigo publicado no Guia do Bebê da UOL :

"Parto humanizado retoma antigos procedimentos e devolve à mãe o controle do ritmo do seu corpo na hora de dar à luz"

Leia o Artigo abaixo ou acesse pelo link:
http://guiadobebe.uol.com.br/parto/parto_humanizado_devolve_a_mae_o_controle_no_parto.htm

"Parto humanizado retoma antigos procedimentos e devolve à mãe o controle doritmo do seu corpo na hora de dar à luz Grande parte das mulheres passam a gestação preocupadas com a hora do parto,afinal a própria palavra se tornou sinônimo de algo sacrificado, difícil e até mesmo doloroso. Mas será que a hora de receber o bebê aguardado por novemeses deve ser realmente traumátca? Para a enfermeira obstetra Andréa Porto da Cruz, não.

Com experiência na área de obstetrícia, a enfermeira é defensora do parto natural humanizado e diz que com este método a mulher pode ter total domíniodo momento do nascimento. “O parto natural ou humanizado representa uma retomada do método antigo de dar à luz quando a mulher dita o ritmo do parto, ela escolhe como terá o bebê e quando ele nascerá”, diz Andréa.

A diferença entre parto natural humanizado e o parto normal é justamente amaneira como o processo é conduzido. No parto humanizado o atendimento é centrado na mulher, que é tratada com respeito e de forma carinhosa, podendo desfrutar da companhia da família, caminhar, tomar banho de chuveiro ou banheira para aliviar as dores. As intervenções de medicamento, aceleração do parto ou mesmo o tradicional corte vaginal acontece somente quando é estritamente necessário.

“Hoje o parto normal é mesmo um sofrimento. A mãe tem que ficar deitada todo o tempo em que está em trabalho de parto, geralmente com soro que acelera o processo, na hora do parto ela é removida para outra sala e recebe de qualquer forma o corte vaginal. Além de tudo isso ela não pode gritar, andar e muitas vezes fica sozinha durante este processo”, explica a enfermeira.

Alguns hospitais oferecem uma situação mais acolhedora na hora do parto, com quartos que são usados antes, durante e depois do parto, mas a também enfermeira obstetra Karina Fernandes comenta que para isso toda a equipe deve estar preparada e disposta para enfrentar o trabalho de parto no ritmo da mulher.

Karina acompanha partos em casa. Ela diz que a mulher que opta pelo partonatural deve estar disposta e consciente de que terá papel ativo no parto. A enfermeira, quando solicitada para este tipo de parto caseiro, acompanha a gestante desde o início das contrações até o nascimento e deve estar preparada para levar a gestante para o hospital caso o parto natural não seja realmente possível.

O grande medo de toda mulher é a dor. Sobre isso, Andréa explica que elavaria muito de pessoa para pessoa e que ela pode ser aliviada de formanatural, com massagens nas costas, aromaterapia, banhos de chuveiro ou de banheira. O tempo em que a gestante fica em trabalho de parto também pode ser variado. Em geral a primeira gestação leva em torno de 16 horas, já as demais o tempo chega a 12 horas.

Para que os casos de intervenção sejam minimizados existem alguns procedimentos que podem ser feitos antes de se optar pela cesárea.“Colocamos a gestante para fazer alguns exercícios em bola de parto e outrosaparelhos para recolocar o bebê em posição para o parto. Vamos monitorando o tempo todo, com o partograma, que é um gráfico para avaliar a evolução do parto e no caso de necessidade de intervenção e em ultimo caso encaminhamos para a Cesárea”, diz Andrea.

Além do fator humano e sentimental o parto natural também oferece umarecuperação mais rápida para a mãe e menos risco para o bebê, isso por que ao nascer de parto natural ele corre menos risco de aspirar liquido e também de infecções.

Hoje no Brasil são realizados 80% de Cesáreas em hospitais particulares. Narede pública este número cai para 35%, mas o número de nascimentos por partonormal ainda está muito abaixo do recomendado pela Organização Mundial daSaúde, que estipula uma média de 15% de cesáreas. "
*Érica Rizzi*
Postado por Gleise Piva às 07:25 Nenhum comentário:

Acompanhante de Parto

Quero compartilhar com vocês uma reportagem sobre acomanhante de parto que foi realizada pela TV Globo em São Carlos . Acessem pelo link!
http://eptv. globo.com/ emc/VID,0, 1,14591;2, acompanhante+ parto.aspx
Abraço,
Postado por Gleise Piva às 06:35 Nenhum comentário:

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

desneCesárea

Foi publicado na revista Pais & Filhos deste mês uma reportagem sobre Cesárea e Parto Normal que esclarece muita coisa. Além de números e estatística, está matéria trata de forma realista os diferentes aspectos sobre o tema. Para você que esta grávida ou que simplesmente gosta do assunto, vale a pena a leitura!

(desne)Cesárea

por Larissa Purvinni, mãe de Carol, Duda e Babi, com reportagem de Cíntia Marcucci, filha de Mariza e Emiliano, Paula Montefusco, filha de Regina e Antonio, e Sofia Benini, filha de Maria Paula e Nery.

MAIS DE 70% DAS BRASILEIRAS QUEREM FAZER PARTO NORMAL, MAS SÓ 10% CONSEGUEM. FOMOS INVESTIGAR OS PRINCIPAIS MOTIVOS QUE LEVAM A ESSE DESCOMPASSO.
Amaioria das brasileiras (70%) gostaria de tentar o parto normal, mas muito poucas (10%) conseguem. O dado vem de pesquisa da Escola Nacional de Saúde Pública com colaboração do Instituto Fernandes Figueira, da Fiocruz, e da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro. Nosso país é campeão em partos cirúrgicos, com índices que atingem 43% do total de nascimentos e chegam a 80% nos hospitais particulares. Em certas maternidades, a taxa ultrapassa 98%, quando a Organização Mundial da Saúde recomenda que não passe de 15% dos partos. As razões esbarram em questões culturais e na realidade do nosso sistema de saúde. As mulheres também levam parte da culpa, segundo os médicos. “A mulher latina suporta mal a dor, a encara como sofrimento, não como algo que depois a leva a uma grande realização pessoal”, aponta o ginecologista e obstetra Carlos Czeresnia, pai de Débora, Liora, Diana, Jonathan e Ricardo. O obstetra Jorge Kuhn, pai de Renata, Clara e Otávio, concorda: “Muitas mulheres esperam um parto utópico: rápido e sem dor".
Parto no convênio
O outro lado da questão envolve o sistema de saúde brasileiro, em especial os convênios médicos. “Um parto normal pode demorar de 8 a 12 horas e ocorrer a qualquer momento. O médico faz as contas e conclui que é mais econômico programar a cesárea”, avalia Czeresnia. Por outro lado, o obstetra Jorge Hodick-Lenson, pai de Íris e Rebeca e avô de Sofia, que vieram ao mundo pelas suas mãos, afirma que, mesmo para médicos particulares, pagos diretamente pela paciente, sem depender da tabela dos planos de saúde, a incidência de cesáreas é alta – cerca de 80%. “A cliente está pagando pelo tempo necessário para o médico ficar com ela durante o trabalho de parto e, ainda assim, ele faz a cirurgia sem indicação efetiva, já que não existem 80% de indicações médicas para cesariana. Isso poderia ser considerado uma verdadeira epidemia de patologias obstétricas”. Ou seja: seria como dizer que as brasileiras têm algum defeito de fábrica: não entram em trabalho de parto, não têm dilatação e por aí vai...
O obstetra vai além: “Há alguns anos eu fiz uma pesquisa com 2.000 mulheres, fiz duas perguntas durante a execução de exames de ultrassonografia de rotina ginecológica. A primeira foi: ‘Seu parto ou partos foram normais ou cesarianas?’. Quase que 80% responderam que foram cesarianas. A segunda pergunta foi: ‘Por que foi cesariana?’. Quase 80% responderam quase com as mesmas palavras: ‘Não tive dilatação’. Ou seja, dá a impressão de que a mulher brasileira tem um ‘defeito’ no colo do útero – que dilata em todas as mulheres do mundo, menos nela. Isso denota uma falsa informação e indicação quanto aos motivos da cesariana”. Traduzindo: os médicos indicam o parto cirúrgico sem real necessidade e minimizam os riscos.
Cesárea segura?
Muitos profissionais insistem que, no caso do Brasil, a cesárea é tão segura quanto o parto normal, quando estudos mostram risco de morte quase 11 vezes maior em comparação às que fizeram parto vaginal. Há casos em que o doutor chega a dizer que não há diferença entre os dois tipos de parto, ambos têm vantagens e desvantagens, quando a evidência científica é a de que o parto normal é o melhor para mãe e bebê. Bebês nascidos por meio de cesárea têm risco quase 5 vezes maior de precisar ficar na UTI ou na semi-intensiva. Para os nascidos a termo, o risco de desenvolver desconforto respiratório é 7 vezes maior nos nascidos de cesáreas programadas do que nos nascidos de parto normal, porque o trabalho de parto serve para terminar o amadurecimento do bebê, principalmente dos sistemas respiratório, imunológico e nervoso. Muito disso ocorre por outro fator cultural, que é a confiança quase cega nos médicos, que faz muitas mulheres só se basearem no que seu obstetra lhes diz. Quando perguntamos sobre como convencer a mulher de que o parto normal deve ser a primeira opção, o dr. Kuhn, pai de Renata, Clara e Otávio, aponta que esse não é o caminho para reverter o alto número de cesáreas. “A palavra não é convencimento. A mulher precisa se informar adequadamente. Mas aí vem a comodidade tanto dela quanto do médico. Para o Ministério da Saúde é interessante investir no parto normal, pois, além de ser o melhor para o bebê e para a mulher, é mais barato e não apresenta os riscos de uma cirurgia. Os médicos não explicam sobre possíveis hemorragias e infecções, pois não é conveniente”. Ou seja: muitos médicos, no mínimo, omitem informações importantes.
O papel do acompanhante
Uma das investidas do Ministério é implementar a Lei do Acompanhante, que prevê a entrada de um acompanhante da escolha da mulher na sala de parto – sem custo adicional. “A mulher tem de confiar em si mesma e em quem está com ela. E se sentir acolhida no ambiente para ter a tranquilidade de esperar o curso natural do parto”, comenta Daphne Rattner, filha de Henrique e Miriam, especializada na área técnica da Saúde da Mulher do Ministério da Saúde. Desde o ano passado, quem tem convênio médico tem direito a uma enfermeira obstetra e a uma acompanhante de parto. A meta do governo é reduzir de 80% para 60%, até 2011, o percentual de cesarianas em partos cobertos por planos e seguros de saúde. Na rede pública, em que o percentual já é menor, a meta é reduzir de 30% para 25%. No entanto, neste ano, dados divulgados pelo Ministério da Saúde mostraram um novo aumento da taxa de cesarianas: em 2008, 84,5% dos partos cobertos por planos de saúde foram cesarianas; em 2004, a taxa era de 79%. Claro que a culpa não é só do médico. Muitas vezes, a própria paciente demonstra em suas atitudes, mesmo que diga que quer o parto normal, que não está realmente disposta a passar por tudo que ele implica. O que vale a pena, sempre, é ir atrás de informações e buscar, o mais cedo possível, um médico que esteja de acordo com a sua ideia de como deve ser o parto do seu filho. Conversamos com mulheres que queriam muito ter feito parto normal, mas acabaram fazendo o que, desconfiam, foi uma “desnecesárea” – e identificamos alguns dos principais motivos que levam a esse desencontro."
Se você quiser ter acesso a matéria diretamente na fonte, acesse o link:
http://revistapaisefilhos.terra.com.br/htdocs/index.php?id_pg=112&id_txt=3100
Postado por Gleise Piva às 03:33 Um comentário:

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Paternidade

Além de parto, gestação, cesárea, tem um outro assunto de TOTAL importância que tenho mencionado pouco aqui no blog, a Paternidade. Então, para compensar com grande classe, compartilho (com muito orgulho) com vocês um texto escrito pelo mais novo papai da família Piva.

Vocês também podem ter acesso a este texto no blog :http://glauberpiva.blogspot.com/



Paternidade é a chegada de um hipopótamo

Que ninguém duvide: paternidade é construção diária, descoberta que ultrapassa os limites da gestação e as obviedades várias. A maternidade, pelo o que percebo, nasce mais cedo. É percepção que se inicia física: a menstrução interrompida, os enjôos insuportáveis, o peito endurecido, a barriga que cresce, a pele bonita... são mudanças no corpo e nas relações em sociedade. Tudo muda quando chega uma grávida. Todos mudam quando a vida se anuncia por uma mulher.

A paternidade é diferente. O ultrassom se apresenta e o homem vê, chora, ri, mas ainda não sabe o que sente, não entende o que se passa. De exame em exame, comporta no seu dia-a-dia mudanças radicais. A mulher que embarriga, os humores que se alteram, os cuidados que redobram, os assuntos que mudam e, principalmente, o mundo que se enche de descobertas e de informações que vão inundando o imaturo macho de responsabilidade projetada. Mas isso pode ser embelezado por lágrimas e palavras e fotos e carinhos, mas ainda não é paternidade.

Ela é construção lenta. A gravidez é o período das fundações. É determinante para a solidez do edifício, mas ainda não preenche entendimentos. Vem o primeiro choro, a primeira fralda, as noites de pouco sono, as belezas da convivência. E um pai vai nascendo aí.

A mãe já está ali, plena. Já sentira no corpo a vida se renovando e, agora, contempla sua cria continuando seu corpo a partir de seu peito. Por um tempo, serão um, ou quase-um. Já o pai ainda tenta entender o que acontece. Nos primeiros meses oferece carinho e se põe de assessor. Ajeita a poltrona de amamentação, arruma o berço, compra coisinhas e oferece o colo nos intervalos, com intensidade e paixão. Mas, enquanto faz tudo isso, ainda luta por seu espaço, luta por entender sua nova vida.

O corpo onde se deleitava agora tem outro imperador. Que o homem lhe contemple pelas frestas do tempo, pelo cantos do desejo. Devagar e generosamente.

O filho, que sabe ser seu, ainda não o descobriu totalmente e nem ele, que faz um monte de coisas, conseguiu transferir para seu corpo o que sua cabeça já sabe. Paternidade é conhecimento que vira sabedoria aos poucos.

Essa relação pai e filho vai se construindo devagarzinho. No início são dois seres igualmente indefesos. Precisam se entender e se dispor a compartilhar. O entendimento e a cumplicidade vêm aos poucos, mas a tarefa da partilha é coisa pra gente grande. É preciso mudar de ponto pra que a vista se acomode e o novo seja leve.

Para superar fragilidades, só tem um jeito: muita dedicação. E aos poucos tudo vai se encaixando. Um dia, vendo um filme, o homem chora pensando no futuro da família. No outro, meses depois do parto, divide com a mulher um segredo. "Acho que só agora estou entendendo esse lance de 'ser pai'. Nosso filho é tão lindo..."

Eu tenho várias lembranças desse processo e sei que ele ainda vai longe. A gravidez foi uma longa viagem. Eu aprendi muito. Aprendi milhares de coisas que não sabia e que me ajudaram muito a me reorganizar. Mas um dia inesquecível foi quando o Théo tinha sete meses e, pela primeira vez, estando no colo da mãe, pediu para vir para o meu. Acho que neste dia eu virei pai de verdade.

Parir não é mão de via única. Quem pare, se pare também. Quem acompanha vai sendo parido aos poucos. Grávidas nunca estão grávidas só de um. Sempre são pelo menos dois: grávidas de outro, grávidas de si. Afinal, parir é partir, é romper, é chegar.

Com o pai a gravidez é diferente, é gravidez de bicho grande. Quase nunca um pai é partido no parto, como um ovo quebrado que não se cola jamais. Um pai nasce devagar, como hipopótamo, cujo tempo é rarefeito: vem lentamente, ocupa os espaços e toma conta de tudo. Um pai também é partido, mas demora bem mais pra chegar."

Aí vai uma dica de blog que trata desse mistério tão pouco explorado: a paternidade. serpaterno.blogspot.com
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A super modelo e o parto natural

Adorei a reportagem que o Fantástico fez com super modelo Gisele Bündchen. De um jeito super simples e muito simpática ela contou do fabuloso parto natural domiciliar que ela vivenciou em dezembro último. Ter pessoas falando dos benefícios deste tipo de parto já agrega muito, agora ter uma figura como ela, que tem a facilidade para ter um parto com todas as regalias que o dinheiro pode propocionar e ela optar por um parto simples, saudável para mamãe e bebê e além de tudo, o mais natural possível (assim como a natureza nos permite), é genial! Isso mostra muita consciência e entrega desta super modelo para vivênciar este momento de forma intensa.

Para que não pôde assistir a reportagem, segue o link ou um pouquinho da entrevista feita em Nova York por Giuliana Morrone:
http://fantastico.globo.com/Jornalismo/FANT/0,,MUL1470857-15605,00.html

"Fantástico traz entrevista exclusiva com a supermodelo brasileira, uma das mulheres mais belas do mundo. Ela revela que teve o filho de parto natural, dentro da banheira de casa e sem anestesia."

"A fera está de volta! Gisele Bündchen se reencontrou com as araras de roupas, o estúdio de fotografia, o trabalho de modelo.“Quatro meses. É o máximo desde que eu comecei a trabalhar. Desde que eu tenho 14 anos, eu acho que nunca fiquei, com certeza. Não fiquei quatro meses sem trabalhar”.

O primeiro trabalho, depois da gravidez, foi para uma marca brasileira. Gisele revelou que o recomeço foi difícil.“Eu fique preocupada. Pensei: 'será que eu vou conseguir fazer isso?’. Deu um momento assim na minha cabeça: será que eu vou conseguir incorporar? Só que aí eu fiz a primeira foto e estava meio perdida ainda com a luz, estava meio me encontrando, meio que ficando confortável com o meu corpo de novo. Depois da segunda foto eu consegui. Graças a Deus!”, conta Gisele.

O corpo está impecavelmente em forma, seis semanas depois do parto. E olha que a Gisele é boa de garfo e de sobremesa! O corpo esguio e o rosto marcante conquistaram o mundo da moda. Segundo a revista Forbes, Gisele é a modelo mais bem paga do planeta. Ela saiu de Horizontina, no Rio Grande do Sul, quando era ainda uma garota. Foi para São Paulo, aos 13 anos, e fez um curso de modelo. Lá foi descoberta: nasceu a top model Gisele Bündchen. Gisele dominou passarelas internacionais, já foi capa das principais revistas de moda e é contratada a peso de ouro por grifes de roupas.

A top model todo mundo já conhece, mas hoje a gente vai conhecer a mamãe Gisele Bündchen.
- Como é que está essa aventura de maternidade? Viver esse novo momento?
Gisele - Olha, está maravilhoso. Eu nunca na minha vida pensei que eu pudesse amar assim. Eu acho que você sempre escuta as pessoas falarem, mas acho que você não sabe realmente o que é isso, a não ser quando você realmente vive isso, dessa maneira. Então, eu não poderia estar mais feliz.

Fantástico - Como é que está a sua relação com o bebezinho? Como é que vocês estão se dando? Essa nova família?
Gisele - Nossa, está maravilhoso. Tipo assim, 24 horas é ao redor dele assim. Eu acho que eu fico o dia inteiro olhando para ele. Tudo é em função dele. Acho que é um sentimento muito de se doar. Você não pensa mais em você. Acho que a primeira vez que eu me vi no espelho foi quando eu cheguei no estúdio. Porque acho que fazia um mês e meio que eu não me olhava, porque você está naquela história de cada duas em duas horas amamentar. E você não dorme muito bem. Mas você esquece tudo isso, porque, quando você vê a carinha do anjinho você fala: ‘Esquece’. Está tudo ali. Isso é que é o mais importante.

Gisele ficou grávida meses depois do casamento, em fevereiro do ano passado, com o jogador de futebol americano, Tom Brady. Brady é idolatrado nos Estados Unidos. Considerado um dos melhores da história americana, tricampeão nacional jogando como "quarterback" - jogador responsável pelos passes. Os jovens lindos, famosos e milionários sempre mantiveram a vida pessoal com discrição. Brady já era pai de John, de 2 anos, filho do primeiro casamento.

Durante a gravidez, Gisele se cuidou e trabalhou até o oitavo mês. “Eu queria estar muito saudável para o meu filho. Tudo o que eu comia eu tinha noção de que estava indo para ele. Então, eu comia super saudável. Eu estava fazendo kung fu até os nove meses de gravidez”, conta a modelo.

No dia 8 de dezembro do ano passado, jornais do mundo inteiro divulgaram o nascimento do bebê. Disseram que ele nasceu em um hospital em Boston, mas Gisele revelou para o Fantástico que teve o parto em casa.

“O meu foi na banheira. Foi um parto na água. É que eu me preparei muito. Eu queria muito ter um parto em casa, sempre achei muito importante. Eu queria ter muita consciência na hora do parto. Eu queria estar consciente e presente do que estava acontecendo. Eu não queria estar dopada, anestesiada. Eu queria sentir, eu queria estar presente. Então, eu fiz bastante preparo. Eu fazia yoga bastante antes do parto. Eu fazia bastante meditação. Então, eu consegui ter um parto super tranquilo em casa. Ele nasceu super tranquilo. Ele é um anjinho por causa disso. Ele nasceu, não chorou, ele ficou o tempo inteiro no meu colo. Então, ele nunca saiu de perto de mim. A minha mãe estava lá. Meu marido, minha mãe e a parteira." "Eu vou te falar uma coisa, não foi dolorido nem um pouco, porque, durante todo o tempo, a minha cabeça estava tão focada. A cada contração era assim: 'o meu bebê está mais perto, ele está mais perto'. Então, não foi aquela coisa assim: ai que dor! Com cada contração, ele está chegando mais perto de mim. Eu transformei aquela sensação intensa que acontece para todo mundo, em uma esperança de ver ele chegar mais perto. O trabalho de parto durou oito horas".
E o melhor foi a recuperação, depois do parto. “No segundo dia, eu estava caminhando, eu estava lavando a louça, eu estava fazendo panqueca. Vamos embora, bola para frente, eu não tenho tempo para ficar sentada na cama”. A Gisele entrou no camarim pedindo pressa, porque ela quer ir embora logo para amamentar o Benjamim.
“Ele está mamando só no peito. E minha mãe está aqui, graças a Deus. A minha santa mãe. Todo mundo tem que ter uma super mãe. Eu espero ser uma mãe tão maravilhosa quanto a minha mãe foi para mim”. “Eu quero que ele esteja perto. Se pudesse ser só eu, seria maravilhoso, mas eu não iria dormir nunca. Quando eu vou dormir, eu falo ‘mãe você cuida dele um pouquinho’? Daí eu fico tranquila, porque é minha mãe", revela Gisele.
A modelo também fala sobre como está o dia a dia. "Eu não tenho babá. Mas quem precisa de babá quando você tem uma super mãe", afirma. O mais difícil, ela contou, foi a escolha do nome. Brady e Gisele queriam um nome que soasse bem em inglês e em português. "Eu sou brasileira e ele é americano, então cada um tem um sotaque. Eu adoro David, mas aí ele não gostava. Eu gostava de Joaquim, ele achava que era Joaquim e não iria ficar bom. Procuramos um nome que que ele gostasse e que parecesse bom nos EUA e também no Brasil. Eu falei: 'não vou ter um nome americano, o meu filho é brasileiro. Que história é essa?'", brinca Gisele.
“A gente está chamando ele de Benjamim. Eu chamo ele de meu amorzinho. O que eu posso fazer? Para mim ele não tem nome, ele é meu benzinho, meu amorzinho”. Gisele disse que só vai conversar com o filho em português. “Com certeza, ele vai bastante para o Brasil. Com certeza, ele vai estar muito envolvido, com minha família inteira. Obviamente, eu moro aqui nos EUA e ele vai falar inglês. E vai também fazer parte dessa cultura. O pai dele é americano. Mas com certeza ele não deixa de ser brasileiro. Ele também é metade brasileiro. Ele também é ünchen. Ele não é só Brady!”, diz.Gisele se deu conta da riqueza que a maternidade traz para a mulher.
“Eu acho que você não tem como passar por uma experiência dessas e não mudar. A prioridade da minha vida mudou, porque agora a prioridade é ele. Nada mais é importante do que meu filho. E tudo é para ele. Eu quero ser a melhor mãe possível. Eu quero ficar mais saudável, eu quero tudo para ser a melhor mãe que eu possa ser para ele”.
A repórter Giuliana Morrone pergunta se Gisele tem uma foto dele e pede para a modelo mostrar. “Eu tenho foto, mas eu não posso mostrar não. Mas com o tempo vocês vão conhecê-lo. O máximo que eu puder fazer para manter a privacidade, eu vou fazer. Eu trabalho com a mídia. Mas ele, não. Ela só é meu filho. Ele não precisa disso”, diz a modelo. "
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quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Dúvidas e Resposta sobre PARTO!!!

A revista Crescer, publicou na edição de Dezembro de 2009 uma reportagem com perguntas e respostas sobre o parto. Confesso que achei uma evoluçãozinha nas resposta e na visão sobre o parto!!! Para as gestantes do momento, acho que é mais um artigo que vale a pena uma leitura!!

"15 respostas - para o que toda grávida sempre quis saber - sobre o parto

Você tem medo da dor ou quer saber qual a anestesia ideal? Veja as dúvidas mais comuns das gestantes e procure relaxar



Shutterstock

Depois das novidades da gravidez - como os desconfortos, os ultrassons, as emoções -, é comum, principalmente se você estiver no terceiro trimestre, que a sua preocupação seja com o parto. Saiba que esse sentimento é normal, mas procure relaxar. Há muitos mitos em torno do assunto - como a dor, a anestesia ideal -, e tenha certeza: o parto é mais tranquilo do que se imagina. Foi pensando em deixar você mais calma que respondemos às principais dúvidas das grávidas a respeito do nascimento do bebê. Lembre-se ainda de que conversar com o seu médico é fundamental. Não tenha vergonha de perguntar.


1 - Quais são os sinais de que o parto está próximo?
Para 60% das mulheres, o sinal de largada são as cólicas, que começam na parte final da coluna - ou na bexiga - e são acompanhadas pelo endurecimento do útero. Você também pode perceber que chegou a hora se houver vazamento de líquido amniótico pela vagina depois que a bolsa estourar, se tiver um pequeno sangramento ou, ainda, se eliminar o tampão mucoso que protege a entrada do útero. Em menos de 2% dos casos, a mulher não apresenta nenhum indício de que o bebê está chegando.


2 - Quais são as fases do trabalho de parto?
A primeira etapa começa quando as contrações ficam ritmadas, de dez em dez minutos, e seu útero chega à dilatação completa, de dez centímetros. A segunda fase é a de expulsão do bebê, quando você fará força. A última é chamada de dequitação e acontece quando a placenta sai pelo canal do parto, normalmente dez minutos após a saída do bebê.


3 - Quanto tempo pode durar um trabalho de parto?
Os médicos consideram que a gestante entrou em trabalho de parto quando tem mais de três centímetros de dilatação no útero. Desse momento em diante, um parto demora de oito a 18 horas.


4 - Como são as contrações?
Você vai sentir que a barriga fica bem dura e também uma dor semelhante à das cólicas menstruais, nas costas, na altura do sacro, vindo em direção ao abdômen. Essa dor começa fraca, intensifica-se no pico da contração e depois some, como uma onda. Conforme o trabalho de parto avança, as contrações ficam mais frequentes, fortes e demoradas. No intervalo entre elas, você não vai sentir nada. É importante saber que, a cada contração que passa, é sinal de que logo você estará com seu filho no colo!


5 - É possível deixar esse momento antes do parto mais confortável?
Técnicas de relaxamento e respiração e massagens circulares nas costas ajudam muito durante o trabalho de parto. Caminhar contribui para diminuir a dor das contrações e controlar a ansiedade. Procure uma posição que seja mais confortável para você, sentada ou em pé. Outra opção para alívio das dores é ficar em imersão numa banheira de água quente. Procure respirar de maneira profunda e lenta, inspirando pelo nariz e expirando pela boca, isso melhora o oxigênio que vai para o bebê.


6 - Quando devo ir para a maternidade?
Quando você começar a sentir contrações regulares, com intervalos diminuindo e a intensidade aumentando. Uma dica é se deitar um pouco depois de um banho quente. Se as contrações diminuírem ou pararem, ainda não deve ter chegado a hora.


7 - Vou precisar raspar os pelos pubianos?
Antigamente, os médicos faziam a tricotomia (raspagem total) por achar que facilitava a higiene. Mas a prática caiu em desuso, pois as fissuras provocadas pela depilação aumentam as chances de infecção. O ideal é manter os pelos aparados ou curtos.


8 - O que é melhor: parto normal ou cesárea?
Tanto para a mãe quanto para o bebê, o parto normal é mais saudável e menos arriscado. A recuperação da mulher costuma ser mais fácil. Já a cesárea, como qualquer cirurgia, implica riscos. Se houver erro no cálculo da idade gestacional, o bebê pode nascer prematuro. É indicada quando não é possível realizar o parto normal ou quando a segurança de mãe e filho está em risco.


9 - Quais são as opções de anestesias para o parto?
Há três técnicas, e a indicação de cada uma delas depende de fatores, como o quadro clínico, a tolerância da paciente à dor e o estágio em que está o trabalho de parto. A anestesia peridural, mais fraca em relação aos outros métodos, permite a renovação da dose e não tira a sensibilidade da mulher aos movimentos. Na raquidiana, anestesia de efeito mais rápido e mais potente, a aplicação é única. A terceira opção é o duplo bloqueio, que combina as anteriores e é indicada para quem tem muita sensibilidade à dor e ainda está no início do trabalho de parto. No parto normal, pode ser utilizada qualquer uma das técnicas. Na cesariana, a participação da mulher não é importante, por isso, normalmente, os médicos usam a raquidiana.


10 - Vou sentir dor no parto?
A anestesia acaba com a dor. No parto normal, em geral, os médicos esperam que a gestante esteja com 5 centímetros de dilatação para aplicar o analgésico. Isso porque as contrações representam um estímulo importante para o bebê. Os médicos, no entanto, admitem que quem deve indicar o momento da anestesia é a grávida porque o limite da dor é diferente de uma mulher para outra. É preciso ficar atenta para não se deixar influenciar por cenas de sofrimento no parto divulgadas em filmes, novelas. A realidade não é essa.


11 - Quando é feita a indução do parto?
Quando o colo do útero não dilata o suficiente para a passagem do bebê ou demora demais e por algum motivo o parto precisa ser acelerado, o médico induz o útero a contrair, usando um hormônio chamado ocitocina, que é sintetizado em laboratório. Você o receberá injetado, por meio de um cateter no braço.


12 - Quais são as melhores posições para ter parto normal?
O ideal é que você esteja confortável. Na hora da expulsão do bebê, você pode ficar apoiada sobre o lado esquerdo, com uma perna estendida e outra flexionada, recostada na cama, de cócoras ou agachada na água. A posição tradicional, deitada com as pernas em perneiras, facilita o acesso do médico ao bebê, mas exige mais esforço na hora da expulsr ão, já que a gravidade não ajuda. Também tem outra desvantagem: você não vê o bebê nascendo. Converse com o seu médico antes sobre isso.


13 - Vou ter que fazer episiotomia?
Esse corte no períneo (a musculatura entre a vagina e o ânus) é feito para facilitar a saída do bebê no parto normal e evitar o rompimento dos tecidos nessa região. Ele acontece quando a gestante já recebeu a anestesia para o parto. Se não houve analgesia, você pode pedir um anestésico local. Alguns médicos nem a realiza mais, e nem sempre a mulher precisa fazer a episiotomia. Converse com o seu obstetra sobre esses detalhes antes do parto.


14 - Onde é feito o corte da cesárea?
A incisão é feita bem pertinho da região dos pelos pubianos e tem, em média, 10 centímetros. Os pontos serão retirados duas semanas depois do parto. A cicatriz tende a sumir com o tempo.


15 - Posso amamentar o meu filho logo após o nascimento?
Tudo vai depender das suas condições de saúde e as do seu bebê. Se ambos estiverem bem, sim. A mamada na primeira hora favorece a capacidade de a mãe prosseguir com a amamentação com sucesso. Além disso, ela faz com que o bebê fique menos estressado e tenha a frequência cardíaca mais equilibrada. Além de todos os benefícios da amamentação, sugar o peito estimula a liberação de ocitocina na mãe, que incentiva contrações uterinas, expulsando a placenta."

Postado por Gleise Piva às 05:53 Nenhum comentário:

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Do Bom e do Melhor

Leila Ferreira é uma jornalista mineira com mestrado em Letras e doutorado em Comunicação que, apesar de doutorada em Londres, optou por viver uma vidinha mais simples em Belo Horizonte. E ela escreveu um bélissimo texto "DO BOM E DO MELHOR", isto me fez parar para pensar na nossa questão do Parto. Sempre convivêmos com o parto natural, domiciliar e de repente optamos pela cesárea. Seria esta a MELHOR opção sempre? Seria esta a melhor opção para nossos filhos nascerem? Acredito piamente que não. Então sugiro mais esta reflexão...

"Estamos obcecados com "o melhor". Não sei quando foi que começou essa mania, mas hoje só queremos saber do "melhor". Tem que ser o melhor computador, o melhor carro, o melhor emprego, a melhor dieta, a melhor operadora de celular, o melhor tênis, o melhor vinho. O bom, não basta.
O ideal é ter o top de linha, aquele que deixa os outros pra trás e que nos distingue, nos faz sentir importantes, porque, afinal, estamos com "o melhor". Isso até que outro "melhor" apareça - e é uma questão de dias ou de horas até isso acontecer. Novas marcas surgem a todo instante. Novas possibilidades também. E o que era melhor, de repente, nos parece superado, modesto, aquém do que podemos ter. O que acontece, quando só queremos o melhor, é que passamos a viver inquietos, numa espécie de insatisfação permanente, num eterno desassossego.
Não desfrutamos do que temos ou conquistamos, porque estamos de olho no que falta conquistar ou ter. Cada comercial na TV nos convence de que merecemos ter mais do que temos. Cada artigo que lemos nos faz imaginar que os outros (ah, os outros...) estão vivendo melhor, comprando melhor, amando melhor, ganhando melhores salários. Aí a gente não relaxa, porque tem que correr atrás, de preferência com o melhor tênis.
Não que a gente deva se acomodar ou se contentar sempre com menos. Mas o menos, às vezes, é mais do que suficiente. Se não dirijo a 140, preciso realmente de um carro com tanta potência? Se gosto do que faço no meu trabalho, tenho que subir na empresa e assumir o cargo de chefia que vai me matar de estresse porque é o melhor cargo da empresa? E aquela TV de não sei quantas polegadas que acabou com o espaço do meu quarto? O restaurante onde sinto saudades da comida de casa e vou porque tem o "melhor chef"? Aquele xampu que usei durante anos tem que ser aposentado porque agora existe um melhor e dez vezes mais caro? O cabeleireiro do meu bairro tem mesmo que ser trocado pelo "melhor cabeleireiro" ? Tenho pensado no quanto essa busca permanente do melhor tem nos deixado ansiosos e nos impedido de desfrutar o "bom" que já temos.
A casa que é pequena, mas nos acolhe. O emprego que não paga tão bem, mas nos enche de alegria. A TV que está velha, mas nunca deu defeito. O homem que tem defeitos (como nós), mas nos faz mais felizes do que os homens "perfeitos". As férias que não vão ser na Europa, porque o dinheiro não deu, mas vai me dar a chance de estar perto de quem amo. O rosto que já não é jovem, mas carrega as marcas das histórias que me constituem. O corpo que já não é mais jovem, mas está vivo e sente prazer. Será que a gente precisa mesmo de mais do que isso? Ou será que isso já é o melhor e na busca do "melhor" a gente nem percebeu?"
Postado por Gleise Piva às 04:39 2 comentários:

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Encontro de Gestantes!

Hoje, quarta-feira (07/10) teremos mais um encontro de gestantes na Lilamoara (antigo Núcleo de Yoga) - Rua Domingos Fernandes, 65 Trujillo. Começaremos as 19hs30min.
Espero você lá!!!
Postado por Gleise Piva às 04:59 Nenhum comentário:

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Exposição de Fotos - Parto com Prazer

O fotógrafo Marcelo Min vem fotografando, nos últimos anos, vários partos "conscientes", partos que podem ser mais ou menos dolorosos, caseiros ou hospitalares, com médicos ou com parteiras, mas que, sobretudo, são conduzidos por mães que sabem o que e porque querem.
Hoje será a abertura de uma exposição na Unicamp, com fotos de vários partos que o Marcelo acompanhou. As fotos são lindas e emocionantes (um dos partos da exposição eu acompanhei e quase apareço em uma foto).
Veja o relato abaixo e o link para as fotos da exposição (que estará aberta ao público de 02 a 30 de outubro). O texto é da jornalista Luciana Benatti.

Se no parto há um desafio, é fazer com ele nos pertença. Que o primeiro instante da vida dos nossos filhos tenha a marca de nossa singularidade. Que eles não sejam arrancados de nós pela lógica do quanto mais rápido e indolor, melhor. Não somos um um colo que dilata, uma bolsa que rompe, um útero em contração. Somos essa vida que gerou outra vida. Cuja única possibilidade de imortalidade é dar à luz um novo ser.

Como a vida, o parto é caos, é dissonância. O que nos faz extraordinárias é justamente o fato de termos um ritmo próprio, que varia imensamente de mulher para mulher. Mas ao construir um parto aprisionado em protocolos médicos, que nega o nosso protagonismo, perdemos aquilo que nos humaniza. Se permitimos que nos roubem nossa consciência de que somos capazes de parir, nos deixamos reduzir a um corpo defeituoso, que se contorce em dores e é incapaz de se abrir para dar passagem aos nossos filhos. Abdicamos da marca humana. E assim, morremos enquanto mulheres.

Andréia, Denise, Erika, Eva, Ilka, Isadora, Josy e Vanessa, que souberam viver de forma prazerosa e singular a experiência de parir, não são diferentes de mim, nem de você. Cada uma a seu modo, em casa, no hospital ou na casa de parto, trilharam aquele que deveria ser um caminho disponível a todas as mulheres. Em sua busca, informaram-se e procurarm apoio em profissionais que acreditavam que elas seriam capazes. Por isso, mantiveram-se inteiras, com a consciência da vida vivida, num corpo que se preparava para a chegada de um filho. Pariram intensamente.

Marcelo Min, o autor destas fotos, descobriu no nascimento de seu filho Arthur, no final de 2007, que nem só de momentos árduos se faz um parto. A dor é um elemento sempre presente, constatou, mas não o único. Nem o mais importante. Confiança e medo, alegria e mau humor, energia e cansaço se alternam, se fundem e transbordam numa experiência emocionante e para sempre lembrada como prazerosa. É livre a mulher que contempla a travessia do parto não atenta a suas dores, mas apaziguada pela certeza de viver um momento único.

Cada um destes retratos é uma janela para o renascimento de alguém como mãe. Para a grandeza de maridos que as apoiaram e estiveram ao seu lado nessa busca. Para a generosidade do profissional que aprendeu a aceitar seus limites, respeitar a natureza do corpo feminino e intervir apenas quando necessário.

Estas imagens ganharão um sentido para cada um. A mim, elas mostraram como é possível unir duas palavras que a sociedade moderna teima em querer separar: parto e prazer.

Para ver todas as fotos que fazem parte da exposição Parto com Prazer, clique aqui.


Postado por Glauber Piva às 03:20 Nenhum comentário:

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Programa Papo de Mãe!

Ontem teve a estréia de um programa na Rede TV chamado de PAPO DE MÃE!!! O tema discutido por diversas pessoas foi PARTO!

Para que perdeu este programa será reprisado no seguintes dias: domingo (13h30), na segunda (12h30) e na terça (17h30).

Tem também o Blog: http://www.papodemae.com.br/ Divirtam-se e vejam um trechinho sobre o programa que retirei do blog comentado acima:

"Com as mães convidadas e especialistas conversamos sobre parto normal, parto natural, cesariana. Parto em casa, em hospital público, em hospital particular. Uma das convidadas é a Liana que tem 6 filhos (ela teve parto normal e cesárea). Outra é a Marta, que está grávida e cheia de dúvidas. Tem ainda a Cristiane que tem cinco filhos (o parto do mais novo, de um ano, foi feito por um policial militar porque não deu tempo de chegar ao hospital – vamos mostrar imagens emocionantes) e tem a Renata que decidiu ter o segundo filho em casa dentro de uma banheira inflável. Há depoimentos de ginecologistas, obstetras, doulas (quem não sabe o que é vai descobrir no programa), nutricionistas e de policiais que já fizeram partos. Os filhos de quem trabalha no papo de mãe e também os dos convidados participam do programa. Um programa interessante pra quem pensa em ter filhos, pra quem está esperando a chegada de um bebê e também pra quem já passou por isso. Para as mães, os pais, os avós, tios e curiosos....Embora o papo seja de mãe todos da família participam!!!! Os homens também !!!" (Mariana e Roberta)
Postado por Gleise Piva às 08:41 Nenhum comentário:

Parto com Prazer

Pessoal,


Terá um evento com o tema da redescoberta do parto com prazer em Campinas na próxima sexta-feira. A equipe que estará trabalhando o tema é de altíssimo potencial. Vale a pena conferir!


Segue detalhes:

Postado por Gleise Piva às 08:25 Nenhum comentário:

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Inveja do que, cara pálida?

Célia Musilli tem jeito descontraído e leve de escrever. Vejam só esta crônica e o valor dado para o corpo feminino.

Segue uma crônica escrita por Célia Musilli
*O complexo de castração sob uma ótica leiga, desencanada e feminina*

Dia destes me encontrei com um divã e não foi numa sessão de análise. Encontrei-o por acaso na sala de uma amiga, cujo pai foi psicanalista e deixou de herança um divã azul e estiloso. Primeiro me reclinei sobre ele como uma personagem dos festins de Roma, a quem só faltava o cacho de uvas. E pensei que o divã deve ter cativado os romanos possivelmente por influência da Grécia, em territórios e épocas dedicados por excelência ao ócio, ao prazer e ao devaneio.

Bem mais tarde a peça de mobiliário ganharia outra função, quando Freud o elegeu o "encosto" ideal para múltiplas viagens ao inconsciente. Não era nada bobo o Dr. Freud. Porque era preciso deixar as pessoas à vontade em qualquer tentativa de descobrirem a si mesmas. E não seria num consultório frio, numa cadeira desconfortável e com olhos quase inquisidores pousados sobre nossas queixas que, enfim, nos descobriríamos. Então, o divã entrou no consultório e o de Freud era lindo, como se vê em fotos que mostram aquele móvel recoberto por mantas e almofadas, com aconchego de ninho, onde o inconsciente se abre sob a senha do conforto máximo, acolchoado e macio.

Naquele divã, saindo de Roma com a mente voltada para o início do século 20, fui tomada por certezas e dúvidas sobre as teorias de Freud. Não, não conheço bem suas teorias. Embora toda cultura contemporânea tenha absorvido conceitos que pontuam conversas corriqueiras com expressões como histeria, complexo de castração ou comportamento edipidiano. O velho Freud paira sobre nossas cabeças, ainda que não sejamos versados em Psicanálise e, assim, o divã me trouxe alguns insights como se antigas vozes voltassem aos meus ouvidos enquanto eu me deitava simplesmente para identificar naquele móvel as pegadas de outros inconscientes, nas trilhas do desejo e da repressão.

Comecei a pensar de onde Freud teria tirado a ideia de que as mulheres têm inveja do pênis, o que redundaria no inevitável complexo de castração. Ponderei que na época de Freud ser homem era muito melhor do que ser mulher. Porque ser mulher, naquele tempo, significava comportar-se como um ser reprimido, estressado, apartado de sua sexualidade, num período em que as fêmeas nem sequer abriam direito as pernas, a não ser na hora do parto. E o parto, embora cercado da idealização d o "padecimento do paraíso", decerto era um momento traumático para as mulheres que pouco conheciam seu próprio corpo, dando à luz, muitas vezes, quando ainda eram quase meninas.

Antigos paradigmas foram desmontados lentamente ao longo do século 20. A partir dos anos 60 fala-se da "libertação da mulher", expressão hoje tão desgastada quanto o seu sentido. Mas o fato é que a "superioridade masculina", a despeito de todas as revoluções, foi consagrada a partir do atributo do pênis – acatado pelo próprio Freud - como uma ideia que atravessou gerações, chegando ao nosso tempo ainda como uma sagração que confere força, poder e competitividade aos homens. Enquanto os meninos exibem seus pênis urinado em jatos de longo alcance, as meninas se agacham timidamente, disfarçando sua condição biológica. Meninos fazem xixi estimulados por um ato de liberdade e brincadeira. Meninas se espremem discretamente e ainda têm que aprender a secar-se com papel higiênico de trás para a frente, num ritual que exige sempre um esforço maior do que o prazer.

O que me ocorre, é que em tempos obscuros, Freud também não se abriu para uma inversão de seu raciocínio, considerando que os homens também poderiam sentir inveja do misterioso aparelho sexual feminino, internalizado como uma rosa que não se abria. A censura cultural não lhe permitiu esta ousadia ou mera inversão de valores, a partir de um outro olhar. Mas todo o potencial feminino estava lá, a ser descoberto em dobras e pétalas de fazer inveja, conduzindo a um labirinto que acaba no útero, uma das mais fantásticas criações da natureza, onde o mistério do desejo, da cópula e da fecundação toma forma. E tudo isto seria muito mais prazeroso se as mulheres não tivessem atravessado séculos de castração não pela falta de um pênis, mas pela falta de conhecimento do seu próprio corpo.

Que bem nos teria feito o Dr. Freud se em vez de nos acossar com a idéia de "invejar o pênis", tivesse nos alertado mais firmemente para a presença de um botãozinho mágico entre as nossas pernas que, uma vez acionado, pode nos levar ao verdadeiro paraíso sem pade cimentos. É inegável a contribuição de Freud para a descoberta e valorização da sexualidade feminina, mas falar em "inveja" nos deixou ainda em situação de tal inferioridade que atrasou descobertas libertárias que nos encheriam de orgulho e auto-estima.

De certo o doutor levou em conta o tamanho do pênis, possivelmente ereto, em detrimento do nosso diminuto clitóris sem nos alertar que aquele atributo mínimo era tão poderoso quanto a instrumento fálico do maior macho do mundo. Mas tamanho não é documento, Dr. Freud, nem certifica a inveja.

O homem é ostensivo por natureza e, da minha parte, admiro aquele enfeite que eles têm entre as pernas, algo assim como o colar de um guerreiro, um penduricalho vistoso que fica ainda belo quanto majestosamente ereto a nos prestar rever ências sempre bem vindas. Por outro lado, é prazeroso demais sermos donas de uma jóia tão internalizada, um broche em formato de pétalas que ainda conta com um botãozinho mágico, um chip oculto a detonar megabytes de prazer do qual ficamos apartadas durante séculos por desconhecimento ou vergonha da própria anatomia, num mundo tomado pelo conhecimento desenvolvido por homens que, embora francamente bem-intencionados, ainda nos tacharam de... invejosas.

E antes que confundam minha fala, vou logo alertando: Não sou feminista. Mas sinto um tal prazer e orgulho da feminilidade que não posso acatar o complexo de castração sem questionar firmemente depois de um século: "Afinal, inveja do que, cara pálida?"
Postado por Gleise Piva às 11:24 Nenhum comentário:

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Vídeo Bacana!

Recebi um e-mail que indicava um vídeo super bacana. Eu assisti e realmente é lindo. Este vídeo foi filmado em Campina Grande, projeto de uma parteira Melania na maternidade ISEA. Um parto hospitalar de cócoras tranquilo e saudável. O link de acesso é:

http://www.mybestbirth.com/video/video/show?id=3120006%3AVideo%3A32747
Postado por Gleise Piva às 05:44 Um comentário:

sábado, 5 de setembro de 2009

Parteiras Pankararu

Na sexta-feira do dia 28 de Agosto, foi públicado em um blog: no Instinto de Parir um texto super interessante pela Carine Caitano sobre um filme feito no Nordeste com parteiras tradicionais. Vale a Leitura!
Realizada no Espaço Cultural Sylvio Monteiro, a sessão especial para as mães voluntárias do Bairro-Escola lota o teatro e fala de um assunto tocante às mulheres: o parto. Quem deu início ao processo foi Heloisa Lessa, que iniciou o trabalho há três anos, no Nordeste do país. Médica obstreta, ela conversou e instruiu parteiras tradicionais sobre termos e precauções durante agravidez. Em uma comunidade próxima ao centro, mulheres aposentadas realizam, ainda hoje, o parto natural na casa da gestante.Engana-se quem considera a ideia antiquada. O documentário média-metragem prova que esses casos são ainda muito frequentes e mais, devem ser incentivados. Os números comprovam. Hoje, no Brasil, são aproximadamente 60 mil parteiras, número infinitamente superior aos 18 mil médicos obstretas registrados. Junto com a notícia, uma estatística preocupante. Cinco por cento das mulheres que optam pela cesária, morrem durante a cirurgia. Durante o processo, constataram que só havia necessidade de nomear asfases passadas pela mulher. Os problemas são facilmente identificados e solucionados pelas parteiras tradicionais. Com cerca de 30 mulheres por oficina, percebemos, em vídeo, uma naturalidade inata da mulher ao falar dos nascimentos. Situações e dialetos que levaram a platéia aos risos e surpresa, durante vários momentos de sua exibição. A ideia é defendida não só com unhas e dentes, mas também com experiências reais das propagadoras do parto natural e as parteiras que veem sua função como vocação. "Mulheres Pankararu" traz relatos dessas mulheres sobre a naturalidade do parir, verbo pouco usado pelos médicos. "Parir é muito parecido como, por exemplo, ter sua primeira relação sexual", prega Heloisa, que defende o parto natural pelo que ele é: natural. "Parir é tão natural quanto fazer o bebê. Parir é instintivo". A diretora do média-metragem é Maria Borba. Convidada por Heloisa para documentar as aulas, não esperava tamanha surpresa com a relação parteiras-gestantes-comunidade. "Eu tive uma surpresa real. É natural mesmo. É espontâneo. E o bonito é ver como elas (parteiras) falam, o carinho de passar a mão na barriga, por exemplo. O que quis transmitir foi o quão pode ser normal e maravilhoso parir", fala Maria, sobre o processo de filmagem e edição. Como milhões de mulheres de sua geração, a diretora percebia a cesária como o melhor meio de ter um filho, combinando a higiene e o cuidado necessário. Heloisa derruba essa ideia, apontando, inclusive, que o risco de infecções é mais frequente no hospital que em casa. A fala logo remete a um momento do documentário. Uma das personagens do filme diz nunca ter usado luvas ou cuidados especiais, frequentes nos hospitais. Segundo a médica, o objetivo não é minimizar a higiene. O pré-natal é necessário e aconselhado, assim como todos as cautelas mas, como frizado, o ato de parir pode e deve ser o mais natural possível. Marylu M. também participou do debate. Também parteira, acrescentou muito falando de suas experiências no estado do Pará. "Fiquei impressionada com a linguagem. Elas (parteiras e gestantes) lidam com problemas com as manobras necessárias, nas mais diversas situações. Essa é uma luta mundial, resgatar o parto normal", diz Marylu, que ja fez uma cesária. "Hoje em dia, temos filhos nos hospitais, sendo internadas pela primeira vez e não se sentindo à vontade. Nas famílias das parteiras, aquilo é uma realidade, as crianças veem todo esse ritual". Esse ritual fica nítido no documentário. Apesar de não ser o foco, é impossível não notar a religiosidade que permeia as relações. As parteiras de Pankararu encaram o que fazem como missão e criam vínculos com a criança, ajudando no seu crescimento. Por fazer parte da Mostra Encontros, caracterizada pelo debate após a exibição do filme, a conversa conseguiu interferir nas ideias já consolidadas no público. Mônica Costa, auxiliar administrativa, participou do evento. Ela, que ainda não tem filhos, garante que sua visão de parto normal foi totalmente reformulada: "É uma loucura deixar os mitos que eu tinha caírem. Vagina larga, recuperação longa, são, quase sempre, imposições de médicos e sociedade. Já privaram as mulheres de prazer sexual, sucesso profissional... não podemospropagar essa privação na hora de trazermos nosso filho ao mundo". Foi Bruno Costa, já integrante da cena cineátográfica em Nova Iguaçu, que convenceu a irmã, Monica, a participar do evento. Como homem e futuro pai, se sentiu atraido por um tema tão incomum ao ser abordado. "Fiquei muito surpreso com o documentário, pois via o parto normal como uma tradição pouco praticada. Igualmente supreso quando Helena declarou que o parto não precisa do pai da criança presente. Mas isso demostra o quão íntimo é o parto. Não precisa de platéia", afirma Bruno. No fim, um documentário filmado no Nordeste do país se revela como um grande passo na caminhada constante de afimação do gênero feminino. Pregar sim, o parto normal. Não como uma obrigatoriedade, mas como umabusca as raízes e humanização desse momento tão especial.
http://jovemreporter.blogspot.com/2009/08/o-instinto-de-parir.html
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quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Hospitais no interior de SP

Hoje pela manhã o Jornal Bom dia Brasil da Globo aprensentou uma reportagem sobre um hospital em Tupa - Interior de São Paulo que adota duas técnicas para tranquilizar os bebês. Adorei saber que aos poucos vamos conquistando mais espaço e podendo ensinar ações alternativas e saudáveis. Vejam abaixo a matéria que também pode ser encontrado no site da globo.com

'Ofurô' acalma bebês no interior de São Paulo
A criança tem a sensação de voltar para o útero da mãe. É uma maneira de fazer o bebê se adaptar mais facilmente ao novo ambiente.


Duas terapias que vieram do Oriente estão ajudando a melhorar a vida de bebês no interior de São Paulo. A shantala, que é um tipo de massagem indiana, já era praticada em alguns hospitais públicos no Brasil. Agora, uma maternidade no interior de São Paulo também adotou ofurô para bebês. A mãe adora ver a filha tranquila e relaxada. O segredo é a shantala, uma poderosa massagem indiana. Desde que Francine nasceu, há três meses, a professora Cristina Vicente dos Reis usa a técnica todos os dias: “Ela é mais tranquila, sossegada. Dorme a noite toda”. O irmão, companheiro inseparável, fez questão de aprender todas as técnicas. “Ajudo quando vai dar banho”, conta a estudante Felipe Reis Fernandes. “Você põe o bebê sobre os joelhos, sobre a cama, como se sentir confortável e massageia o bebê todinho, da cabeça até os pés”, ensina a enfermeira obstetrícia Ivone Morandi. Existe também uma técnica que é ensinada em um hospital em Tupã uma vez por semana, para os pais tornarem o começo de vida dos filhos mais agradável. É o ofurô. Primeiro a criança é enrolada em uma toalha, que representa a placenta. Depois é colocada em água morna, como se fosse o líquido amniótico, aquele que fica dentro do útero materno. O resultado é surpreendente. Pela carinha dos bebês, parece ser bem gostoso. O ofurô acalma a criança porque ela tem a sensação de voltar para o útero da mãe. É uma maneira de fazer o bebê se adaptar mais facilmente a esse novo ambiente. É tão importante que Vinicius acabou de nascer e já está tranquilo. “Ajuda no desenvolvimento neuropsicomotor do bebê. Aqueles bebês que têm alteração de sono melhoram muito. Nos prematuros, que precisam ganhar peso, o ofurô acelera o desenvolvimento”, destaca a especialista em aleitamento materno Rose Chiaradia.

Postado por Gleise Piva às 09:40 Um comentário:
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Parto de gente


Parto de Gente

Parto de Gente é um programa de atendimento e orientação a mulheres (e homens) gestantes ou durante o período de parto e/ou pós-parto, seja pelo atendimento psicológico, aulas de yoga para gestante, massagens em bebes e, principalmente, por meio do atendimento de uma Doula.

Ponto de Encontro

Rua Domingos Fernandes, 66
Trujilo, Sorocaba - SP

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